Em tempos recentes, o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová tem tomado atitudes um tanto ambíguas quanto à sua política organizacional de proibir as transfusões de sangue. Por exemplo, a organização firmou um pacto com o governo búlgaro, no qual declara que qualquer membro da religião que opte por fazer uma transfusão de sangue, poderá fazê-lo sem qualquer forma de censura ou sanção. O advogado da entidade em Portugal também fez declarações neste sentido à imprensa. Creio que, após o leitor tomar conhecimento dos relatos que se seguirão - enviados no ano passado - estará apto a julgar por si mesmo se tais declarações do Corpo Governante correspondem à verdade dos fatos. Você lerá agora o depoimento pessoal de um homem - adepto da religião - o qual, após autorizar uma transfusão de sangue para seu filho agonizante, foi submetido a um impressionante processo inquisitorial por parte dos dirigentes de sua congregação. Vejamos:

 

Olá, a todos os membros da lista "testemunhas",

  

Obrigado, Cid e obrigado a todos pelas informações que têm mandado nesses últimos dias e  pela troca de experiências.  

Para mim, é um desabafo que me tira um enorme peso dos ombros. Sei que o que foi relatado sobre meu drama há alguns dias atrás,  pode ser suportável e sem tantas complicações para quem nunca passou por isso. 

Deve ser difícil para qualquer um que não tem filhos, sentir profundamente o que tenho sentido desde então. 

Tenho sentido muitas coisas ao mesmo tempo e uma delas é a vontade de não mais ficar me escondendo como se eu fosse um bandido, um foragido da justiça.

 Não quero mais fugir de todos os que me olham com muito carinho e ao mesmo tempo, com severidade, e, muito mais que isso, não posso mais fugir de mim mesmo, do homem que sou no íntimo.

 O que quero dizer é que tenho vivido muitos conflitos que destroem minha alma diante de Deus, primeiramente, e depois, diante de homens. Esses mesmos que hoje dizem me amar, poderão julgar-me um traidor e sem fé, pelo único motivo de escolher a vida de meu filho e não mais aceitar o ensino sobre as transfusões de sangue.

 Não mais tenho razões para crer que as transfusões sangue sejam proibidas na Bíblia. Tenho certeza disso agora.

 Estou pondo tudo isso para fora porque durante esses quatro últimos dias, tenho pensado em me "entregar", de confessar o que sinto e não continuar enganando a mim e aos com quem tenho servido na organização. Isso tem me feito sofrer e tem tido muitos efeitos negativos em relação à minha família que se apresentou voluntariamente como cúmplice de meu ato.

 Tenho desejado a liberdade de minha mente e de meu coração. Isso me fará perder os a quem amo com profundo amor, bem sei.

 No momento em que eu contar todo esse drama, virá a pergunta fatal: "faria isso novamente?" e nessa hora assinarei minha sentença, minha expulsão do meio das pessoas a quem aprendi a amar.

 Porém, como poderei esconder minhas descobertas, meu desencanto, minhas respostas, minhas desilusões e as verdades dos fatos? Como posso continuar assim, aos meus 45 anos de idade, depois de toda uma vida tentando ser fiel a uma organização que não foi fiel às suas palavras e que as mudou tantas e tantas vezes na virada da sombra?

 Eu não acreditava que tantas coisas pudessem ser verdade e que eu e Mauro uma vez, há muitos anos atrás, tínhamos a verdade, e estávamos na pura e imaculada adoração de Deus.

 Mas, depois de tudo que eu li de uns dias para cá; depois de muito pensar sobre em que homem me tornei, descubro-me no meio de uma dor dilacerante que me decepa meu espírito e corta fundo minha alma aflita.

 Meus amigos ouvintes, sou um homem atormentado e lhes ofereço um rio de lágrimas de minha pungente tristeza ao escrever tudo isso. Minha dor aguda não tem fim.

 Cid me disse ao telefone que isso era só no começo quando nos defrontamos com a verdade sobre a "verdade" que desejávamos tanto ter descoberto de uma vez para sempre.

 Mas dói muito. Dói por todas as perdas que vou enfrentar. Dói por toda a desilusão que ora sinto no meu peito e dói pela tristeza de ver amizades de tantos anos irem embora ao primeiro sinal de minha "fraqueza abominável e delírio espiritual" como farão parecer.

 Estou vivendo meu drama pessoal aqui em um mundo novo  de depressão e nesse momento eu me sinto só e um pouco morto ao digitar essas palavras, registrando meu desespero interno, meus medos de sair e enfrentar tudo isso.

 "Não sei para onde irei mas sei para onde não quererei voltar" (alguém disse isso em um e-mail antigo que me foi enviado). Eu também vejo assim. Não haverá retorno depois de decidido o que terei de fazer. Talvez porque já soubesse disso antes de me inscrever nessa lista e fazer tão detalhada pesquisa com meu irmão, embora quiséssemos nos enganar.

 Mas sair daquele que foi todo o alicerce de minha vida não é tarefa fácil. São amores que irão embora, e rostos amigos que não mais se voltarão para mim com sorriso aberto e amigável; serão seres humanos a quem amo com toda a força de minha alma, e que talvez, nem me acenarão em despedida ou dirão, "Adeus, Maurício, nosso amigo".

 Que Deus me ajude a dirigir meus passos!

Maurício 

 A seguir,  Maurício envia-nos outra mensagem, descrevendo o próximo estágio de sua via crucis

 

Caros membros da lista Testemunhas,

 

Estou melhor hoje. Tive uma semana muito difícil. Estou sendo convidado para uma comissão judicativa. Consegui adiá-la.  

Estou de mudança. Minha saída está sendo discreta e poucos estão informados dela por aqui. Talvez só os familiares. Ficarei longe e tratarei o problema por lá, longe de co-anciãos. Não quero "apelação", nem desejo que sejam usados de alguma forma como meio de pressão emocional. Também, assim fazendo, estarei evitando que eles sofram por não aceitarem minha decisão que para eles será "de repente".

 Não podia deixar meu filho "ir embora" por motivo que agora sei não ter base bíblica.

 As pressões são muitas e estou me despedindo da lista por algum tempo até tudo "normalizar" para onde vou.

 Há muitas lágrimas e muito pranto. Muita dor!

 Agora sei o motivo verdadeiro de tudo isso e como custa caro pagar pela liberdade cristã que tem um preço deveras muito alto.

 No entanto, estou pronto e vou pagá-lo.

 Minha esposa também concorda que eu faça como achar melhor e mais correto. Não está sendo fácil para nenhum de nós. Graças a Deu, ela está um pouco mais aberta ao diálogo embora sinta todas as contrações do difícil parto para a nova vida.

 Um abraço a todos vocês e fiquem com Deus - Javé, Iavé ou Jeová, como acharem melhor.

Maurício 

 

  Algum tempo depois, o irmão de Maurício nos enviou esta mensagem dando conta de uma sensível piora no estado emocional do irmão, com sérias repercussões sobre sua saúde, ao mesmo tempo em que lamentava a estarrecedora falta de humanidade de diversas pessoas que se entitulavam "cristãos", mas cujas atitudes, no entanto, revelavam outra coisa: sua crônica devoção a uma instituição religiosa, acima de qualquer coisa...

 

Caro amigo Cid (e todos da lista, no caso desse e-mail ser enviado a vocês)

 

Maurício me pediu para escrever esse e-mail final para vocês pois ele me falou que eu deveria desabafar um pouco com quem consegue nos ouvir sem nos rotular de culpados e compreender pelo que estamos passando. Então, sendo assim, resolvi lhes escrever.

Vou ver se ligo também para o Bill em breve e para isso, Cid gostaria de que você me enviasse o telefone dele para o seguinte e-mail (xxxxx@xxxx - confidencial). Conversei com alguém que conheceu vocês daí de Fortaleza e essa pessoa me falou muito bem do Bill e de sua notável cultura, sinceridade e apego às Escrituras. 

Meu irmão tem estado muito doente e abatido ultimamente.

 Após sofrer todas as pressões para participar de uma comissão judicativa (na cidade onde ele está residindo agora), juntamente com as ameaças de que, se não o fizesse em breve, receberia cartas-convites para forçá-lo a uma desassociação, ele teve, além de problemas cardíacos sérios nesses últimos 4 dias, depressão profunda acompanhada por terríveis dores nas costas que não o deixam dormir, exceto com o uso de sedativos.

 "Agradeço" tudo isso ao bom funcionamento das pressões da organizacão que geram sentimentos de muita frieza nas pessoas.

 Tive que contactar os anciãos locais e finalmente consegui fazer com que eles usassem de mais moderação em nosso caso. Pedi que, por amor a Jeová, eles dessem um pouco mais de tranqüilidade ao meu irmão enfermo. Um publicador de lá, um grande amigo meu, disse que um dos anciãos tinha insinuado que meu irmão poderia "estar fingindo". Em sua imperfeição e ignorância, esse irmão comentou algo de forma desamorosa e chegou a dizer: "Na hora de fazer o que Jeová desaprova, num instante tá bom... depois, adoece..."! Colocamos isso na conta da imperfeição para podermos suportar todo o peso do que está acontecendo.

 Em minhas orações, faço muitas petições a favor de uma melhora da situação e em uma delas eu talvez possa ter sido ouvido pois parece que as coisas hão de melhorar temporariamente visto que, depois de eu ter conversado com dois dos anciãos de lá hoje à tarde, eles me garantiram que estão favoráveis ao adiamento de uma comissão por 2 meses ou mais e vão esperar até Maurício ficar melhor tendo em vista a gravidade do estado de saúde dele.

 Os membros de nossa família, entretanto, estão sendo chamados "informalmente" um a um para rápidas sessões de interrogatório sobre o que realmente ocorreu e o papel que eu e algumas pessoas-chaves desempenhamos no contexto do hospital (aquele onde quase perdi um sobrinho amado, um garoto inteligente e maravilhoso que agora está saudável).

Quero terminar expressando aqui que, todas as coisas que estão sendo enfrentadas agora por nossa família e alguns amigos envolvidos, estão sendo motivo para termos certeza de que jamais seremos os mesmos para a organização, e entendemos que irmãos que nunca passaram por nada disso, devem achar difícil compreender toda a imensa dor e sofrimento que sentimos agora diante das posições difíceis que tomaremos daqui por diante.

 

Mauro

 

    Logo depois, Mauro nos informava do pior - o irmão quase morreu devido a um ataque cardíaco. Reagiram os dirigentes da congregação com compaixão por este drama humano? A própria mensagem dirá...

 

Srs. e Sras. membros da lista Testemunhas,

 

Meu irmão está hospitalizado há dois dias. Ele teve uma parada cardíaca grave antes de ontem à noite depois da reunião de anciãos (e após a reunião de serviço) quando já descansava em sua residência junto à sua família.  

Essa é a segunda vez em um mês, após todo o drama enfrentado ao ver meu sobrinho à beira da morte em um leito hospitalar por falta de uma simples e necessária transfusão de sangue.

  Ele me pediu para dizer a vocês que continua corajosamente decidido a ir a uma comissão judicativa.

  Ele está se mudando para uma cidade vizinha com toda a família logo mais e irá pedir uma comissão judicativa ou fazer sua carta de dissociação por lá.

  Ele já falou com sua família, incluindo esposa, que está enfrentando a situação em crise psicológica total. Toda a família mais teocrática está chocada e ter ouvido o que ele ouviu deve ter contribuído para sua crise de coração que parece ser séria.

  Ele não consegue deixar de tentar esclarecer sua família sobre os motivos de sua decisão (repentina para ELES, mas já demorada para ELE).  Todos o acusam de estar ficando "louco, burro", e por aí. A esposa é, nesse sentido, a mais compreensiva quando está ouvindo-o dar justificativas para sua irrevogável e definitiva decisão.

  Os membros que participaram junto comigo em lhe dar apoio irrestrito à sua decisão de dar sangue ao filho, estão conosco. Nós ainda não sabemos COMO fazer as coisas, mas já sabemos O QUE fazer em breve. Seis membros, até agora, estão acompanhando cada mensagem dessa lista e ficam esperando por mais informações.

  Agradecemos ao Cid que está nos ajudando muito, demais até, por nos mandar mais arquivos e pormenores sobre uma série de assuntos que clamavam por esclarecimentos e exigiam respostas francas que nunca tivemos.

  Agradecemos ao Sr. Osarsif pelas informações de seu site e dados importantes providos através dessa lista.

  Agradecemos ao Sr. Odracir pelo modelo que enviou e dizer que já estamos com ele para uso imediato. Foi uma ótima informação.

  Um dos anciãos de uma congregação vizinha já está ciente do que está ocorrendo com meu irmão e chegou a  ameaçá-lo e prometer que iria tomar medidas drásticas antes da viagem dele de mudança. Com o problema de coração que Maurício teve, parece ter retrocedido por algum tempo, o que certamente dará a Maurício tempo para ir embora.

  Atenciosamente,

       Mauro

 

     A partir de agora, apresentarei duas mensagens de esclarecimento e encorajamento a estas duas vítimas do autoritarismo religioso. A primeira mensagem é de minha própria autoria. A segunda é de um ancião ('pastor') que preferiu não se identificar.

    

      Caro amigo Mauro

 

      Fiquei comovido e, ao mesmo tempo chocado, com seu e-mail sobre sua situação e, em particular,  de seu irmão. Sinto-me honrado em ter sido mencionado por você e muitíssimo me alegra ter podido ajudá-lo. Saiba que poderá contar comigo plenamente e tudo que estiver ao meu alcance, em seu benefício e de seu sofrido irmão, será feito. Peço-lhe tão somente manter-me informado sobre o andamento de seu processo e, desde já, coloco-me ao seu dispor para dirimir quaisquer dúvidas sobre o assunto 'eximição' (acho que sou o 'especialista' no assunto nesta lista). Sinto grande ânsia de ajudar outros que, como eu, tiveram tal destino em suas vidas, sob o comando irresponsável e criminoso da Sociedade Torre de Vigia. Causa-me alívio poder diminuir o dano causado pela Torre de Vigia na vida de tantos, principalmente por isto ser feito de forma tendenciosa, com "dois pesos e duas medidas", atingindo a uns e poupando a outros. 

        Quanto ao Maurício, fico bestificado ao ver o tratamento "amoroso" dos pretensos "verdadeiros cristãos" dado a um pai desesperado cujo único crime foi ter salvo a vida de seu filho agonizante, pondo a vida à frente de um preceito sem sentido, oriundo da época de profunda ignorância científica da Sociedade Torre de Vigia, conforme se pode constatar em seus artigos da época, na revista "Golden Age", hoje "Despertai!". Por volta desta mesma época tais artigos condenavam as vacinas, classificavam os médicos de  agentes de Satã, advogavam  charlatanismo em assuntos médicos, endossando terapias inúteis ou perigosas, tais como a osteoterapia, a "almofada de rádio" (cancerígena) etc. Qualquer um poderá ter acesso a tais informações no site "geocities", com datas e artigos da própria Sociedade Torre de Vigia. O que ocorre, Mauro, é que à época em que tal crença absurda surgiu, as transfusões de sangue não eram tão difundidas quanto na atualidade. Talvez a Sociedade Torre de Vigia, então no  AUGE DE SUA IGNORÂNCIA científica (anos 30-40), supusesse que tal crença não traria grandes danos, até porque  ela própria não cria no benefício real da transfusão de tecido sanguíneo, já que, por volta desta mesma época, o transplante de órgãos (hoje permitido) foi proscrito. Se não me engano, em 1962 era permitido, em 1968 foi banido e, posteriormente foi novamente liberado, naquele nefasto "acender e apagar de novas luzes" que todos já conhecemos tão bem.Você precisa conhecer o FUNDO HISTÓRICO da doutrina do sangue. Esta crença, na verdade, foi apenas o ponto culminante de um processo que começou com a proibição das vacinas, onde a Sociedade Torre de Vigia afirmava, pasmem, que Pasteur era uma fraude, que os germes não causavam doenças, que a hidrofobia (raiva canina) não existia e que a pasteurização do leite era inútil ou prejudicial. Não são acusações vazias. O que afirmo pode ser encontrado nos arquivos de literatura que a Sociedade Torre de Vigia busca tão sofregamente manter ocultos da vista de suas vítimas, digo, adeptos.  

Eu, pessoalmente, enquanto lá estive, JAMAIS tomei conhecimento de tais artigos, pois se tais aberrações fossem de meu conhecimento anteriormente, eu não teria desperdiçado preciosos 14 anos de minha vida sob o poder da "Watchtower", defendendo mentiras de casa em casa.

          Só, Mauro, que o "tiro saiu pela culatra". Com o avanço da ciênca, mais e mais pessoas foram se beneficiando com a utilização do tecido sanguíneo ou frações deste. Face a incontestabilidade da eficácia de tais tratamentos, a Sociedade Torre de Vigia se viu obrigada a SER COERENTE COM O ERRO, ou seja, não podia mais recuar abruptamente desta crença irracional sem, com isto, correr o risco de uma perda massiva de membros e , o pior, uma "avalanche" de processos por homicídio culposo pelo mundo inteiro.Viu-se ela cativa  de um equívoco histórico por ela própria gerado. Trata-se de um autêntico "labirinto" jurídico. Assim, ela vai, pouco a pouco (tal como a "vereda dos justos", lembra?) liberando componentes do tecido sanguíneo, chegando ao cúmulo de classificá-los em componentes "maiores" e "menores" , num acesso de legalismo que mais lembra os escribas e fariseus do tempo de Cristo, que julgavam um homem pelo fato de lavar ou não as mãos antes das refeições, sem se importar com a condição de seu coração.         

       A Sociedade Torre de Vigia é, sem dúvida, culpada por muitas mortes. Porisso discordo do pensamento segundo o qual permanecer por lá pode ser espiritualmente edificante. Você não pode ser cúmplice em doutrinas homicidas e, ao mesmo tempo, parceiro de Cristo. Afinal, "que parceria tem a luz com a escuridão? Que harmonia há entre Satanás e Cristo?" Aqueles que permanecerem em apoio à Sociedade Torre de Vigia, sabendo destes fatos, são deveras partícipes nas obras ímpias dela e por estas, espera-se, serão punidos no futuro. Pelo menos, é assim que ela própria ensina. Deseja você ser co-autor de tais obras???

        Assim, Mauro, a bem da verdade, parodiando o título da revista anteriormente mencionada, convido-o a, de fato, "despertar" e abrir os olhos para ver a face real, sem maquiagem ou disfarces, da organização que, por anos, tem dominado sua vida e de sua família. Examine a evidência e avalie por si mesmo se o tipo de opressão a que você e seu irmão têm sido submetidos pode ter tido suas raízes nos passos de Cristo. Julgue por si mesmo esta espécie de "amor cristão", À BASE DE SEUS EFEITOS, afinal, "árvore excelente não produz frutos podres"....

       O QUE SEU IRMÃO FEZ FOI UM ATO DE AMOR. Eu próprio assinei ,junto com meus irmãos, um documento, autorizando, se necessário, o uso de sangue ou frações em uma neurocirurgia à qual minha mãe, então adepta da Sociedade Torre de Vigia, estava para se submeter. Fí-lo de consciência tranquila, pois preferia tê-la viva e magoada comigo do  que louvar a Deus diante de seu cadáver. Por esta época, procuramos mantê-la longe do contato com algum irmão "amoroso" que viesse a por em risco sua vida, por lembrá-la da proibição imposta por ela, a Sociedade Torre de Vigia, não a Bíblia. De modo que me solidarizo inteiramente com seu irmão e estou à total disposição para ajudá-los, se assim lhes parecer bem, com minhas palavras, na falta de outra coisa que eu possa conceder-lhes.

 

"CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ"

 

                     ... a todos,

 

                     Odracir

 

  Mensagem final:

 

         Caro Maurício,

 

Por favor, meu caro amigo, não se desespere. Deus se lembra de quão importante cada um é para Ele. Não se deixe levar pelo que lhe farão ou dirão.

 Alguns que souberem de sua eventual saída pelo motivo apresentado por você talvez não lhe encarem como traidor ou desertor. Saberão de sua dor e revelarão compaixão por você.

 Estamos com você nesta lista. Em minha posição de ancião, já lidei com um caso desses onde os anciãos se deixaram sensibilizar pela dor que as pessoas sentiram ao se depararem com essa difícil escolha, embora  na mente delas ela só tenha a ver com a "fé nas coisas de Deus" ao invés da salvação de um ente querido que depende da sábia decisão de um parente amoroso que, em seu caso especial, graças a Deus, você optou pela vida.

 Um amigo  

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